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20/05/2017

MERCADO DA 4" LUTA PARA NÃO SER INCORPORADO PELO MERCADO NEGRO



Popular mercadinho, que já viveu dias melhores, é visitado constantemente por policiais que buscam apreender produtos ilegais, como drogas e objetos roubados
mercado da 4
Mercado da 4, na Av. Pres. Sarmento, no Alecrim

A realidade de um dos mercadinhos populares mais famosos de Natal causa tristeza para quem conheceu o passado do “Mercado da 4”, que está localizado na Av. Presidente Sarmento, no Alecrim. Fundado há mais de três décadas, sendo batizado, na época, como “Mercado Público da Pedra”, o local servia como ponto de vendas para os mais diversos tipos de produtos. Hoje, a situação é parecida, com o adendo de que alguns desses serviços são ilegais e fornecidos em plena luz do dia.
Em visita ao local, a reportagem do Agora Jornal observou alguns quiosques que oferecem serviços e produtos lícitos à população, como reformas de móveis e estofados; fabricação de portões; reciclagem de objetos em geral; artesanato em gesso e, até mesmo, uma lanchonete. A maioria das casinhas destinadas à comercialização, todavia, estão fechadas. O motivo é justamente a má fama conquistada ao longo dos anos pelo Mercado, que luta para não se transformar totalmente em um mercado negro em razão das vendas de produtos ilícitos, como drogas, armas e objetos provenientes de furtos e roubos.
Entrevistando alguns populares e comerciantes do local, ficou claro que o motivo da rejeição pelo Mercado da 4 se dá pela falta de limpeza, organização e segurança pública. Para se protegerem da ação de criminosos, os poucos vendedores que ainda se aventuram a trabalhar no local precisam pagar um “agrado” a um vigia (não pertencente a nenhuma empresa) que mantém a ordem e a paz nos arredores. O paliativo evita que os quiosques sejam arrombados. Isto, contudo, acontece apenas durante o dia. Como o muro do mercado é relativamente baixo, à noite ele serve de residência para alguns moradores de rua que saltam o obstáculo para se protegerem do frio noturno – na mais otimista das hipóteses.
Um popular que preferiu não se identificar relatou ao Agora Jornal a realidade do Mercado da 4 aos seus olhos: “Alguns comerciantes e donos de quiosque tiram sustento daqui. Tem pessoas que já estão por aqui há muito tempo – gerações, inclusive. Há muitos bons profissionais na área de fabricação, comerciantes e vendedores ambulantes, e todos vivem sob falta de administração pública, desorganização e carência de segurança. Eu frequento o mercado desde que ele foi aberto. No início, eu via pessoas honestas trabalhando aqui para prover para suas famílias. Naquela época, o mercado não tinha a má fama que possui hoje por causa das vendas desses produtos ilegais. Se houvesse por aqui pelo menos duas viaturas da Guarda Municipal, não disso aconteceria”, avalia.
A estrutura do local também está defasada. A última reforma feita no Mercado da 4 aconteceu na década de 1980, e a falta de melhorias é evidenciada pela sujeira nas paredes, que anunciam os diversos serviços oferecidos no lugar, e condições anti-higiênicas que põem à prova a determinação e preferência de vendedores e compradores. Na entrada do mercado há um mar de sacos de lixo espalhados pela maior parte da extensão da calçada. Garrafas; copos descartáveis; caixas; frutas e até brinquedos podem ser vistos no meio da sujeira. Já quem quiser ir ao banheiro precisa pensar duas vezes antes de ousar adentrar os mictórios do lugar: não há qualquer movimentação de limpeza. Como alternativa, os comerciantes e consumidores preferem superar a vergonha e utilizar os matinhos espalhados pelo mercado que, muitas vezes, estão localizados entre os próprios quiosques.
VISITA DA POLÍCIA
Em janeiro deste ano, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte realizou uma operação no local em busca de produtos ilícitos, como armas e drogas, bem como suspeitos de praticarem crimes. Na ocasião, vários celulares e até mesmo um carro foram apreendidos. Agentes do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), confiscaram mais de dez motocicletas e motonetas com documentação irregular. Já a Força Tática do 1º Batalhão da PM prendeu dois homens, sendo que um deles tentou subornar os agentes para que não realizassem a apreensão do carro encontrado; o gesto tipificou crime de corrupção ativa contra funcionário público.
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